EQUIPE DE GUEDES JÁ TRATA FIM DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA COMO APOCALIPSE

REUTERS/Adriano Machado

"A elevação do tom na discussão entre o presidente da Câmara dos Deputados e o presidente Jair Bolsonaro foi descrita dentro da equipe econômica como 'apocalipse'", informam as jornalistas Gabriela Valente e Natália Portinari. "Internamente, o ministro da Economia, Paulo Guedes, tenta reconstruir a relação entre os dois para não prejudicar ainda mais o projeto, considerado fundamental para a economia do país. No entanto, seu poder de conciliação pode ser limitado"
24 DE MARÇO DE 2019 ÀS 04:36
"A elevação do tom na discussão entre o presidente da Câmara dos Deputados e o presidente Jair Bolsonaro foi descrita dentro da equipe econômica como 'apocalipse'", informam as jornalistas Gabriela Valente e Natália Portinari, em reportagem publicada no jornal O Globo. "Os técnicos ficaram estarrecidos com a briga e temem que ela contamine a reforma da Previdência. Internamente, o ministro da Economia, Paulo Guedes, tenta reconstruir a relação entre os dois para não prejudicar ainda mais o projeto, considerado fundamental para a economia do país. No entanto, seu poder de conciliação pode ser limitado", apontam ainda as jornalistas.
Leia, abaixo, reportagem da Agência Brasil sobre o caso:
O presidente Jair Bolsonaro disse ontem (23) que a responsabilidade sobre a proposta de reforma da Previdência, que aguarda o início tramitação em uma comissão da Câmara dos Deputados, está com o Parlamento. Ele ressaltou que confia na maioria dos parlamentares e que o tema é assunto de Estado e não de governo.
“A responsabilidade no momento está com Parlamento brasileiro e eu confio na maioria dos parlamentares que está não é uma questão de governo Jair Bolsonaro, mas sim um a questão de Estado. É uma questão no Brasil de nós não enfrentarmos situações que outros países enfrentaram como, por exemplo, alguns da Europa”, disse.
Bolsonaro fez a afirmação, no último dia de visita a Santiago (Chile), ao lado do presidente do Chile, Sebastián Piñera, após firmarem um acordo de parceria nas áreas econômica e comercial.
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania da Câmara, Felipe Francischini (PSL-PR), afirmou ontem (22) que aguarda para indicar o relator da reforma da Previdência na comissão. O colegiado analisará se a reforma proposta está em conformidade com a Constituição.
Em seguida o texto vai para discussão em comissão especial e, quando aprovado, será votado pelo plenário. Para ser aprovada, a medida precisa de apoio de dois terços dos deputados por se tratar de Proposta de Emenda à Constituição (PEC). A medida precisa ser aprovada por 308 deputados, em dois turnos de votação, para seguir para o Senado.
Bolsonaro reiterou que a aprovação da reforma da Previdência é o “único caminho” para alavancar o Brasil e colocá-lo em lugar de destaque.
 “Temos que fazer o dever de casa no Brasil. Temos preocupação sim com as discussões que ocorrem por ocasião da reforma da Previdência. Nós queremos aprová-la e entendemos que é o único caminho que temos para alavancar o Brasil, com outros países da América do Sul, para o local de destaque que nós merecemos estar”, disse.

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